Paradigmas orientam nosso modo de pensar e agir, a troca de um paradigma por outro é uma espécie de evolução cognitiva, que provoca não apenas um aumento substancial de nosso conhecimento existente, como também um salto para níveis mais abrangente de conhecimento.
No passado poderíamos esperar que todos em uma comunidade ou mesmo em uma nação mudassem sua forma de pensar para um conhecimento ser aplicado. Como ocorreu com Copérnico que percebeu que a crença dominante estava errada e os planetas não giravam ao redor da Terra, mas a Terra e os outros planetas giravam ao redor do Sol. Imagine no Século XVI, época em que a inquisição era vigente e as pessoas deveriam pensar como a própria Igreja.
Hoje contestamos nossas próprias crenças e a melhor forma de refletir sobre o mundo.Pela velocidade das informações não somos mais detentores de muito conhecimento, mas sim temos, ou devemos ter, atitude para mudar a forma de pensar o mais rápido possível e aplicar um novo conhecimento, que foi buscado em algum lugar que não importa a ninguém, a não ser para o momento, ou seja, para aquela necessidade. Daqui a pouco partimos para uma nova solução a ser tomada e que já devemos saber onde encontra-la. Tudo isso sem esperar que venhamos a morrer para alguém reconhecer de que estávamos certos de alguma coisa. Porque o que é certo hoje pode não ser amanhã.
No mundo dos negócios, o efeito também é, no mínimo, revolucionário. As mais recentes pesquisas mudam a forma como pensamos a respeito da gestão, as abordagens feitas ontem podem não servir hoje, pois devemos oferecer uma nova em seu lugar. Trabalhamos em gestão mais com evidências incompletas para determinar uma solução. E quanto mais rápidas as soluções a serem tomadas, menores serão os dados reais. Mas é onde o melhor adaptado sobrevive no mundo empresarial; tomando decisões concretas com dados parcialmente abstratos.
O ex-Chairman do Banco Central dos Estados Unidos, Alan Greenspan, em algumas visitas à China a convite de banqueiros e Chefes de Estado, dizia que os paradigmas do grande dragão já estava mudando, estamos vendo isso não só na Ásia mas em todos os continentes. Socialistas convictos querendo saber sobre a economia capitalista e como funciona. O povo deve aproveitar este momento de mudanças de conceitos para colocar representantes no governo, comprometidos com a educação e segurança ao seu povo. A educação por si só é responsável pela saúde e bem estar social.
A educação é importante para entendermos a maneira pela qual, passamos a interpretar a nossa história e nosso presente, para que elaboremos nosso futuro. Tudo que podemos conhecer é sua representação no cérebro na forma de idéias, de modo que o mundo que vivenciamos é mental, não físico. A cadeira na qual você está sentado, o livro que está segurando com as mãos e até seu corpo não passam de criações de sua mente. Não é uma noção fácil de entender, mas é um fato científico, que é uma ramificação da educação de uma pessoa do Século XXI para determinar a forma como pensamos e agimos.
Em vez de vivermos todos no mesmo mundo, cada um de nós vive em um mundo único. Nossa formação, experiências, configuração genética, cultura, pensamentos e sentimentos, tudo isso afeta o modo como elaboramos nossas versões da realidade e seria uma boa aposta afirmar que haverá grandes variações entre elas. Homens e mulheres, adultos e crianças, gestores e empregados, clientes e fornecedores, liberais e conservadores, cristãos e muçulmanos, todos verão o mundo de forma diferente. E o mesmo se aplica a gêmeos idênticos.
Apesar de o mundo das idéias no qual vivemos apresentar um funcionamento diferente do mundo dos objetos físicos, nossa mente nos engana, fazendo-nos pensar e agir como se não fosse esse o caso. Então, tendemos a ver os outros como se fossem objetos físicos, como pedras ou árvores, e não prestamos atenção suficiente a como eles vêem o mundo. Acreditando que também eles são governados pelas leis do movimento de Newton, parece que podemos movê-los de um lado a outro como se fossem móveis. Mas, como as pessoas não gostam de ser forçadas a fazer nada, nossas ações não produzem os resultados esperados. Na verdade, muitas vezes produzem o oposto do que esperamos.
Com apenas uma idéia, podemos não apenas mudar a forma como as pessoas pensam e agem, como também melhorar a qualidade de seus pensamentos e ações.
As descobertas da neurociência deixam claro que há uma forma muito melhor de pensar sobre os negócios, uma forma que leva a estratégias mais poderosas. Mas essas novas formas de fazer negócios só têm valor se colocadas em prática, o que requer mudanças. No mundo mental em que vivemos, causa e efeito não são tão diretamente relacionados quanto no mundo físico. Muitas vezes, recompensa e punição produzem o efeito oposto ao pretendido.
Para que aconteça uma mudança significativa na empresa, todas as pessoas devem pensar em maneiras e hábitos diferentes de fazer as coisas. Essa mudança somente acontecerá se houver uma dissonância local. Os lideres devem introduzir alterações conceituais: como perguntas dirigidas à equipe e idéias transformacionais, mas devemos lembrar sempre que: As dissonâncias é com a intenção de invalidar as regras que eram lógicas no jogo. Então o que os dirigentes, lideres e presidentes de empresas, devem contar ou perguntar algo que realmente faça a diferença, então, somos levados a reconhecer a existência de um jogo diferente com regras diferentes.
A compreensão do modelo de empresa única em seus conceitos e fazendo as transformações que também são únicas em cada pessoa. Vamos entender melhor o sucesso do Cirque du Soleil no mundo inteiro. O que seria necessário mais do que uma cópia para representar o mesmo sucesso, pois seria necessário sermos únicos nas nossas idéias.
Em tempos de escassos recursos financeiros e redução de custo, as estratégias viram de cabeça para baixo, pois desafia o status quo de qualquer organização e de qualquer indivíduo ligado à empresa. Temos pela frente os seguintes desafios:
Primeiro desafio é a Cognitivo: precisamos despertar os colaboradores para a necessidade da mudança de fundamentos, nas mudanças a falta de conforto é predominante.
Segundo desafio é a limitação de recursos: Quanto maior for a mudança na estratégia, mais se necessitará de recursos para executá-la. Nas mudanças geralmente requer recursos humanos, com qualificação necessária, de raciocínio rápido e atitudes desafiadoras.
A terceira barreira é a motivação: Encontrar pessoas motivadas dentro da empresa capazes de realizar mudanças rápidas de conceito e romper com o status quo.A liderança direta é fator determinante neste processo. Qual é o grau de satisfação e motivação empresa do líder?
A última barreira é a política organizacional: Saber como superar todos os desafios é fundamental para atenuar o risco organizacional.Converter as idéias e as estratégias em ação.
O que é convencional devemos virar de cabeça para baixo, e liderar sob baixo custo e agilidade, ao mesmo tempo em que devemos conquistar o apoio dos colaboradores na ruptura do status quo.
Adão Rodrigues Martins
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