A ADMINISTRAÇÃO EM TEMPOS DE ABUNDÂNCIA

O século XXI tem sua marca registrada: a criação de riquezas a partir do abstrato. As melhores ideias na era da informação são nossas commodities de maior valor, bem diferente das outras eras, baseadas nas riquezas concretas.


domingo, 18 de abril de 2010

SÉRIE – GESTÃO EMPRESARIAL


    Quais os talentos especiais fazem com que alguns montem um negócio próspero do nada enquanto outros, mesmo com a vantagem de uma formação nas melhores faculdades de administração, afundam uma empresa? Quais habilidades permitem que alguém pegue uma empresa medíocre e a transforme em líder do setor, enquanto outros conseguem transformar organizações de ponta em verdadeiros fracassos? Quais são as qualidades coletivas responsáveis pelo contínuo crescimento de uma empresa, enquanto seus concorrentes se atropelam para sobreviver?
  
  O segredo não é apenas sorte, boa educação e formação universitária de primeira linha. Na verdade existe uma inteligência emocional em jogo, que dá a algumas pessoas um talento natural para as complexas exigências dos negócios, assim como acontece com aqueles que nasceram talhados para a música, a matemática ou o futebol. Essa habilidade se apresenta no âmbito de equipes espetaculares e de empresas excepcionais. A inteligência nos negócios é considerada tão específica quanto os vários domínios da vida.
    Inteligência em seu sentido mais elementar  refere-se à capacidade de resolver problemas, enfrentar desafios ou criar produtos de valor. Nesse sentido, a inteligência nos negócios descreve a capacidade essencial para o sucesso no mercado: conseguir ultrapassar os obstáculos e as crises com habilidade e aplicar a expertise que oferece soluções conforme a necessidade, sempre agregando valor aos negócios.
    No século em que vivemos, onde a expertise de alocação de recursos no momento certo, é mais importante do que os conhecimento adquiridos e guardados. Até a década dos anos 80 ditávamos uma missão a longo prazo em contrapartida detínhamos em média 75% das informações necessárias à execução. Mas hoje temos em média somente 15% das informações. Portanto nossa missão passou a ter mutação ao longo da trajetória para atingir o objetivo final.
    Peter Drucker já dizia que: em uma sociedade do conhecimento, esperamos que todos sejam bem-sucedidos. Isso é claramente inviável. Para muitas pessoas, existe, na melhor das hipóteses, uma ausência de fracasso. Sempre que há sucesso, tem de haver fracasso. E então é de importância vital para o indivíduo, e igualmente para sua família, ter uma área na qual ele possa contribuir, fazer a diferença e ser alguém.
    Os presidentes, diretores e outros executivos responsáveis por traçar rumos de uma empresa , devem ter uma segunda área  - seja em uma segunda carreira, uma carreira paralela ou um empreendimento social – que ofereça uma oportunidade de ser um líder, de ser respeitado, de ter sucesso. Pois assim manteremos nos momentos de transição nos negócios de uma empresa a melhor performance da inteligência emocional.
    A teoria evolucionista de Chales Darwin, mostra um dado importante entre as espécies de seres vivos, que o mais bem adaptados sobrevivem em relação aos mais fortes. Esta teoria é bem empregada nos meios empresariais, a inteligência nos negócios não é aplicar a força para vencer, mas a adaptação ao mercado, saber o que este quer. A partir daí o mercado ficará submisso à marca, ao produto e ao sistema.
    A inteligência acadêmica não é um indicador seguro do sucesso. Afinal, em uma empresa, o histórico escolar é apenas um dos pré-requisitos para vencer e se tornar único no que faz. As competências que realmente contam são as que distinguem o melhor do medíocre, dentro do seu segmento de mercado. Os profissionais que desejam alcançar o sucesso na carreira devem desenvolver as habilidades necessárias para não serem medíocres nas suas competências.
    Os três domínios básicos, que seguramente fazem uma ponte para o sucesso são: Perspicácia, que em grande parte significa a capacidade de aprender e pensar estrategicamente com dados ou informações incompletas; expertise técnica ou habilidades essenciais, para aprender a executar um trabalho, com soluções em alocações de diversos recursos no momento certo; e a inteligência emocional, que consiste no autocontrole e na capacidade interpessoal.
    Todas as habilidade e sub-habilidades essenciais quando trabalhadas em conjunto de forma orquestradas, criam uma atitude empresarial única e especial.
    O melhor de tudo isso é que, todas as habilidade que formam a inteligência nos negócios podem ser aprendidas, qualquer pessoa motivada pode melhorar. A inteligência nos negócios podem e devem ser distribuídas pelo empreendedor. Cada responsável de seu setor com domínio das suas atribuições pode dominar um elemento da inteligência nos negócios do empreendedor. Um antigo provérbio diz: “O bom é saber, e saber que sabe. Melhor ainda é saber que não sabe. Providencial é saber sem se dar conta. Mas o pior é não saber que não sabe”.
    A complexidade dos negócios da atualidade, qualquer um de nós pode se encontrar na situação de necessidade urgente de saber determinada coisa a qualquer momento. O modo como conseguimos lidar com esse tipo de situação é determinado por nossa inteligência nos negócios, que pode manifestar-se em saber onde encontrar a resposta adequada. Esse tipo de Acesso ao conhecimento separa os melhores profissionais dos demais. Em resumo, a rapidez para analisar uma expertise crítica, uma qualidade da inteligência nos negócios, é determinante para uma estrela do mundo empresarial.
    Na atual realidade dos negócios, o número de informações é cada vez maior e o que sabemos tem uma redução substancial. Dizem que no último século foi gerado um conhecimento maior do que em toda a história da humanidade. Desta forma quando perguntamos; Qual  o nível de conhecimento necessário para tocar um negócio? A resposta é : O céu é o limite.
    Os cientistas cognitivos dizem que a inteligência – nosso conhecimento, nossas lembranças e nossa capacidade de colocar tudo isso em prática – pode ser distribuída. Em vez de estudar durante anos para aprender o que algum dia talvez seja necessário, podemos apenas saber como obter tais informações. Porque nenhum de nós precisa acumular o volume astronômico de informações que os negócios exigem hoje e exigirão amanhã. O que terminaríamos os nossos dias na terra em tentativas intermináveis para dominar vária áreas do conhecimento.
    Eis a necessidade da inteligência nos negócios ser distribuída, pois ela não se limita a nós; ela reside em ferramentas como banco de dados, redes de parceiros, colegas de trabalho e de outros lugares com os quais poderemos contar quando precisamos. Todos precisamos encontrar maneiras de preencher as lacunas de nossas redes pessoais de especialistas e informações por intermédio do aprendizado contínuo ou de descobrir o que precisamos saber quando for necessário.
    Todas estas informações se aplicam tanto à lojinha da esquina quanto às grandes corporações, e aponta para o papel crucial do fluxo de informações em toda a organização na determinação de sua viabilidade.
    Portanto, a inteligência empresarial é responsável por grande parte de sua vantagem competitiva no mercado, desde que a empresa saiba como mobilizar todos os talento necessários em vária áreas.
    Executivos experientes, alegam que a sobrevivência das empresas depende da agilidade de sua equipe de liderança reagir às surpresas e dificuldades do mercado. Além disso, a teoria dos sistemas nos mostra que em um ambiente de competição e mudanças turbulentas, a pessoa ou empresa que conseguir as informações mais abrangentes e absorver o maior aprendizado e reagir do modo mais ágil, criativo e flexível, demonstrará ter melhor capacidade de adaptação.
    Para terminar esta matéria, posso pontuar que: a inteligência ou a sabedoria nos negócios são inúteis ou no máximo uma boa idéia com boas intenções , a menos que se converta em ação.

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